Futuro Museu do Doce em Pelotas
O Casarão 8 localizado na volta da Praça Coronel Pedro Osório mantém as portas abertas para a comunidade e espera a concretização do Museu do Doce
Casarão 8 / Foto: Leticia Mallie
Que
o Casarão 8 é um patrimônio material em conjunto com outros casarões da cidade
de Pelotas, não é novidade para quase ninguém. Mas nem todos sabem que o espaço
é aberto à comunidade e realiza visitas guiadas por especialistas. O espaço
sempre está cheio de atividades como: cursos, palestras, exposições, ensaio de
coral e orquestras. Além de possuir uma livraria da UFPel e um café em um
espaço tranquilo. Porém, a luta que vem de anos é conseguir sair da burocracia
e concretizar o espaço também como o Museu do Doce.
Museólogo Matheus Cruz / Foto: Leticia Mallie |
O
doce está em processo de reconhecimento pelo Instituto do Patrimônio Artísticoe Histórico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial nacional. O Museólogo
Matheus Cruz, conta que foi realizada uma pesquisa desenvolvida desde 2007,
considerando essa tradição doceira de Pelotas desde os doces portugueses até os
doces de frutas que são feitos na colônia.
A pesquisa é do Inventário Nacionalde Referencias Culturais e sugeriu para o (Iphan) esse tombamento enquanto patrimônio imaterial, porém é um processo longo. Mas ainda sim, a população pelotense reconhece essa tradição doceira como identificadora. “Reconhecendo fora daqui como pertencentes da cidade do doce” afirma o Museólogo.
A pesquisa é do Inventário Nacionalde Referencias Culturais e sugeriu para o (Iphan) esse tombamento enquanto patrimônio imaterial, porém é um processo longo. Mas ainda sim, a população pelotense reconhece essa tradição doceira como identificadora. “Reconhecendo fora daqui como pertencentes da cidade do doce” afirma o Museólogo.
O
patrimônio imaterial é dinâmico, ele evolui com os anos, neste caso, a produção
do doce também evolui e continua evoluindo. Matheus conta que a ideia da
exposição é trabalhar diversas esferas, por exemplo, trabalhar com a
religiosidade do doce, o doce como peça chave para o culto. Trabalhar as
tradições familiares até a industrialização do açúcar vindo do nordeste. E é
claro, contar um pouco da história das pessoas que reconhecem a tradição do
doce e o que eles significam.
Livraria e café
Espaço Café / Foto: Leticia Mallie |
Em outubro de 2013, a Livraria Café da
UFPel foi inaugurada no Casarão e revitalizando o local e o debate acerca da
produção acadêmica na cidade. Porém, o espaço está aberto para toda comunidade
pelotense, e não somente para os acadêmicos. Quem quiser conferir os livros de
autores regionais ou fazer um lanche no espaço café, o casarão fica aberto das
14h às 19h de segunda a sexta.
História
O
Casarão 8 faz parte do conjunto arquitetônico tombado em 1977, pelo Instituto
do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan). Situado na Praça Coronel
Pedro Osório esquina Rua Barão de Butuí, em Pelotas, o Casarão foi projetado e
construído pelo arquiteto italiano José Izella Merotti, em 1878. O prédio foi
construído para servir de residência da família do Conselheiro Francisco
Antunes Maciel (segundo Barão de Cacequi), filho do tenente-coronel Eliseu
Antunes Maciel, casado com Francisca de Castro Moreira (filha do Barão de
Butuí).
No
período de 1950 a 1973, o Casarão serviu para a instalação do Quartel General
da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada de Pelotas. No ano de 1973, recebeu a
unidade da Superintendência para o Desenvolvimento da Região Sul (SUDESUL),
extinta em 1990. Em 1976, a Secretaria Municipal de Obras e Viação passou a
ocupar o prédio até 1978, quando a Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente
passou a funcionar no local. Mais tarde o Casarão foi ocupado pela Cooperativa
Habitacional dos Servidores Públicos Municipais. No dia 7 de dezembro 2006, o
reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, recebeu do
secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Jairo Jorge, a
confirmação de compra do Casarão 8.
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Restauro dos detalhes do teto / Foto: divulgação assessoria |
O
prédio começou a ser restaurado no início de 2011, o projeto de restauro
definitivo manteve todas as características originais do prédio e foi aprovado
pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional – Iphan, após longo
período de análise. O
prédio faz parte do Patrimônio Histórico, formando um conjunto arquitetônico em
estilo Neoclássico juntamente com o Casarão 2 e 6. Ganha destaque na obra a
riqueza de elementos arquitetônicos da fachada com ornatos em estuque,
balaústres e estátuas em faiança.
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